terça-feira, 2 de julho de 2013

Resenha: O Lobo das Planícies de Conn Iggulden

Resenha escrita especialmente para o recomendado site Kalango Atômico.



Meu nome é Gêngis... e minha palavra é ferro!

Bernard Conrnweel poderia ser chamado de "rei dos romances históricos" se na cena não existisse Conn Iggulden. Já consagrado por sua obra "O Imperador", Iggulden mergulhou na história do garoto que viria a ser um dos maiores conquistadores de todos os tempos.

O Lobo das Planícies é o primeiro livro da saga "O Conquistador" e conta a história de Temujim, inicialmente um menino que vivia com sua família na Tribo dos Lobos. Filho do Cã Yesugei, o garoto tinha um futuro promissor podendo ser um dia o líder de seu povo. Tinha. Pois, a morte do pai desencadeia uma série de acontecimentos que abalaria não só a família, mas o mundo inteiro.

Iggulden morou um tempo na Mongólia para escrever o livro, aprendeu muito bem sobre a cultura, suas lendas, costumes, culinária, o que deu à obra um toque especial.

Ler o livro e mergulhar na história e sentir-se em meio às batalhas, cavalgando, atirando flechas e bebendo um airag no fim. Ler é receber uma lição de vida. Qual sua reação diante do abandono, da fome, do desespero? A de Temujin é a vitória, a vingança e a justiça.

Enquanto isolado, desgarrado, tendo a morte como companhia e o amor da família como único elo de ligação com a vida, Temujim percebe que não há sentido nos incontáveis anos de guerra entre um único povo, que não há diferença entre Lobos e desgarrados, entre Olkhun'ut e Keirates, todos são mongóis, todos são de prata. Eis a semente do lendário império, regada com muito sangue. Sangue de traidores e tártaros, que escorre para o nascimento do cã do Mar de Capim: Gêngis Khan.

A escrita é simples, diferente dos autores do gênero, Iggulden não prende-se aos detalhes cenográficos preferindo nos envolver nas teias emocionais dos personagens, isso torna a leitura dinâmica e a história tão envolvente que, o leitor é levado a devorar as páginas.

Não entrarei em mais detalhes, pois tratando-se de um personagem já conhecido, são as sutilezas de fatos que tornam tudo fantástico.

Portanto, é uma leitura mais que recomendada, pois...

— Ele nasceu com a morte na mão direita, Hoelun. Isso é bom. Ele é
filho de um cã e a morte é sua companheira. Será um grande guerreiro.
(...)
— Já tem um nome para ele? — perguntou a parteira a Hoelun.
Yesugei respondeu s em hesitar:
— O nome do meu filho é Temujin. Ele será ferro.

2 comentários:

  1. Ótima resenha!

    Gosto muito do Conn Iggulden também. Realmente, acho que ele rivaliza com o Bernard Cornwell em matéria de romance histórico, cada um em seu terreno: o Cornwell na Idade Média europeia (particularmente, anglo-saxônica) e o Iggulden explorando outras épocas e cenários.

    O primeiro livro da série "O Conquistador" deve ser o meu preferido, porque tem aquela pegada de uma narrativa de amadurecimento, acompanhando a trajetória do Temujin desde a juventude até a idade adulta. Gosto disso.

    Repito: ótima resenha!

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    Respostas
    1. Valeu Rodrigo,

      Realmente o livro é magnífico, estou lendo o segundo e estou adorando. É bom mergulhar em uma época medieval diferente, de uma cultura diferente.

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