quarta-feira, 8 de maio de 2013

Na Câmara de Gás

Li certa vez que o pecado traz graves consequências à alma, e os crimes dolorosas penas corporais. Não sei que falta terrível cometi, muito menos que erro cruel levou-me à pena tão desumana. Alego inocência e declaro que meu único delito foi ter nascido; algo fora de minhas escolhas.

O que posso fazer nesse momento? Estou cercado, portanto, não conseguiria fugir. Gritar? Seria apenas classificado como um surto de loucura. Resta-me apenas a espera e a agonia.

A última porta foi fechada e meu martírio começou. Os vidros deixavam a respiração quase impossível. Fiquei ofegante, os batimentos aumentaram. O medo dominou-me. Os gases foram liberados. Pânico! Asfixia! Xinguei. Fechei os olhos enquanto o oxigênio desaparecia lentamente. Minhas pernas tremularam, suei gelado. E, quando finalmente achei que a morte viria abraçar-me, alguém venceu o medo da chuva e abriu algumas das janelas do lotado ônibus. Respirei aliviado.

2 comentários:

  1. Nóbrega...estou querendo publicar esse seu conto no meu blog.Deixando link da sua escrivaninha para que outros possam visitar...
    Gostaria de lhe pedir a permissão e sugerir, quem sabe, fazermos trocas de divulgação de textos em nossos blogs..o que acha?
    =')
    Aguardo vc em:
    http://rascunhosdeguardanapo.blogspot.com.br/

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    Respostas
    1. Está autorizada, será uma satisfação!
      .
      Gostei da proposta. Por mim já está feito.

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